sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Do sonho à realidade

Eu sempre sonhei com você, mulher dos sonhos meus.
Neles, eu te queria saber como eras, assim como eu
Sou, mas quem há de poder prever nossas realidades?
Quem há de viver sempre da quimera prória, saudades?
Então, súbito tu entrastes na minha vida... Apareceu

Cheia de ideologias contrárias as minhas, pudica
Ao mesmo tempo... Parecia perceber o quão somos ricos
De sentimentos semelhantes em o erro e em o acerto,
Dois mestres de si mesmo, alunos, vez eu me perco
A pensar e lembrar do que pus-me a sonhar... Fica!

Agora que principiamos essa nossa jornada de alegria
E de dor, dessa dualidade constante de todos os dias,
Sejas, agora, minha mulher porque é o que eu quero.
Eu prometi à mim, decidi, o inconsciente aos berros
E você, mesmo distante, estava ali, como não seria

Possível entender que não há destino. Há momentos
Em que, de fato, construimos essa norma dos ventos
Que vão e que vem... Eis aqui o nosso princípio
Que me não abstenho de fazer do mesmo nosso vício,
O nosso presente, a nossa casa, os nossos intentos.

Eu e você, homem e mulher, nós dois a se gostar...
Sim, eu vou te buscar´, e no futuro remoto esposar
Você querida, pois o que era sonho não mais o é,
E nada mais me importa senão querer o que se quer.
Do sonho à realidade. Nós dois se aprendendo a amar.

André Ricardo Marques de Souza

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O mágico

A mágica, devemos lembrar,
É uma arte que requer colaboração
Entre o artista e seu público..

O "mágico" nos faz enxergar
Tudo aquilo que entendíamos ser impossível...
Fomenta sentimentos que não desejaríamos
Ter pela objetividade e que temos,
Em demasia, processo latente,
No íntimo de nós mesmos,
A subjetivamente...

É o que ao olhar apraz...
A condição de se querer ter o "poder"
Que se pode factualmente,
Naquele instante, sem tirar nem pôr,
Como se o que não fosse posível,
O é de imediato...

Então essa "relação",
De carater vez factual, vez utópico,
Paradoxal, nos permite emergir
Do impossível ao possível
E isto, nos traz uma sensação
De prazer e ou de esperança
Que nada e nem ninguém nos pode tirar,
Não naquele instante,
Não naquele "espetáculo"...

André Ricardo Marques de Souza

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Primeiro Dia

A minha história, ela começa agora.
O carioca, o boêmio sempre vivo,
O qual nunca fora repreendido,
Hoje, ele, não mais chora...

Vive com medo e tanta vez implora
Para que não seja, o perseguido
Pelo passado... O séquito seguido
De um Homem pelo passar das horas.

Eu sou o presente, gélido, frio,
Que anda pelas encostas dos rios
Para não se molhar e observar

A Natureza num tenro desabrochar
Para a vida... Sim esse sou eu
Dia em que este que vos fala, nasceu!

André Ricardo Marques de Souza

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

História de Amor

Quando a conheci
Fora o primeiro dia
De toda minha vida...

Quando te entendi sorrir
Sim, ora, eu já sabia
Que me eras a percebida

Em minha utopia, meu devir.
Nem sequer me parecia
Outra que fosse, querida...

Hoje enxergo toda a luz
Por trás de a lua...
Um paradoxo bi-polar em suma,

Quiça, não seja esta a cruz,
Porque a presença tua,
Não se troca por nenhuma...

André Ricardo Marques de Souza

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Uma decisão

Desde o primeiro dia em que te vi,
Tanta incerteza e paixão em volta
De mim, que por hora quase esqueci
O quanto de ti guarda-se em escolta!

Meus pensamentos são, a pura emoção
De te ter conhecido. Quem sabe perdido
Para um qualquer, que seja, condição
Qualquer... Eu me não dou por vencido!

Um dia fiz uma promessa à mim mesmo,
Que não seriam as consortes à esmo
Que levariam a mulher de meus sonhos.

Eu sou, em verdade, tudo que proponho
À ti, sem deixar de ser, por ou tirar.
Quando olhares pra trás, eu, estarei lá!

André Ricardo Marques de Souza

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Desabafo

Que fiz eu, que o tempo e o espaço emudeceu
Teu sorriso e o capasso de quando eras tu mesma.
Se fiz algo, tenha certeza de que não fui eu,
É como não ser e estar sendo o que quer que seja...

Eu, meu amor, suplico-te erguendo à mão uma flor
Que simboliza o perdão, a dor, de quem não esquece,
E tudo mais que à vista me aparece. O que for
Necessário à que, com efeito, a paixão que tu merece,

Não seja mais tudo quilo que passou e passou em vão.
Sei que não são rosas nem o perdão que te trará de volta,
Mas a entrelinha de cada palavra que foi dita e não

O que é objetivo, aquilo que nos permeia com escolta
E não entende o lado subjetivo de se estender a mão
Esperando, mesmo que tardio, não mais a mão que se solta...

André Ricardo Marques de Souza

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Amor próprio

Olhar para o céu, é, em verdade,
Perceber que se não pode mais subir
Só há como descer, a autenticidade
De ser o que se pode Ser, sentir...

Um soneto, é toda uma vida em versos,
Soltos, rimados, em a métrica, o é
Porque tem de ser, quiça o inverso
Não seria o sorriso absorto, quer

Na realidade, utopia e ou o ideal...
A consciência infere o inverso abissal
Como sendo nosso inimigo, e do saber,

Esse que não é viável sem se querer,
Que torna artificial nossa essência
Se não bem cuidado. É a bem querência...

André Ricardo Marques de Souza

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Andréia

Ama pois e seja tão bem amada.
Nele, o amor, pousa a tua morada
De magia, beleza e encantamento
Raro... Diz-me o que tu sente
É o recôndito de teu sentimento,
Intróito de mim mesmo presente,
Ao passo de compor-te, para sempre.

A estrada

È muita estrada e muio pouco chão.
Perseverânça a minha introvertida
Tão distante que enxerga à visão
Meu amor platônico, minha vida.

Sou coadjuvante do toque de tua mão,
Assim, se me não houverem investidas,
O sentido se perde, perde-se a emoção.
Mas é fatal, perderei-me em recaida.

Eu hei de te encontrar, minha querida
E te entregar a terra, o céu e o mar,
E os elementos que venham a faltar.

Porque sentir a minha e a tua vida,
Juntas, e duas em uma, somente...
É querer-te no altar, simplesmente.

André Ricardo Marques de Souza