sexta-feira, 29 de maio de 2009

O sujeito

O que vejo nos olhos dos outros
Pouco me importa e me tira o sono.
Não é tudo mas com certeza e tampouco
Tem na lágrima, verdadeiro dono...

E se não é tudo, também não é pouco.
Corrói por dentro, invade, e como!
A lógica de a razão de um louco,
Que é normal, e para mim eu tomo

A Imposição moral, eu, algoz e vítima
Do que eu vejo, a verdade legítima
Que não existe senão para mim mesmo.

E se for eu mesmo calcular a esmo
Que para saber ao certo a dimenção
Eu não feche os olhos e diga-me, não!

André Ricardo Marques de Souza

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sexo

O sexo, é do instindo toda a beleza
A limpeza dos poros e o bailar do corpo
Que se enxerga entrelaçado ao outro
Na simetria do bem estar da Natureza.

É encaixe perfeito, sentidos, incerteza...
E sentir-se vivo e nunca em vida, morto,
Por tanta vez, ou quase sempre solto
Despido de vestes, conceitos, defesas...

Há sempre neste, o sexo, uma surpresa,
Como a sensação de conforto, desconforto,
Uma ambivalência que sempre foi nosso porto,

O porto das personas transnudado na certeza
De que à nós, atores, o prazer é pouco,
E concebe-se que no sexo, nós, somos loucos...

André Ricardo Marques de Souza

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Confissão

Não querida, não hei de incomodar,
Não nesse momento, não por agora.
Eu, sei exatamente te enxergar
E sei quando partir, ir embora...

Mas eu volto, volto à lhe implorar
O carinho, a ternura, e por hora
Lhe digo que sempre que encontrar
Comigo por todo esse mundo afora

Saiba que nem todos os encontros
Fazem parte de um relacionamento.
A vida, é feita de desencontros;

É feita de vários de os momentos
Onde somos lembranças e verdade
E onde esquecemos mesmo a saudade.

André Ricardo Marques de Souza