sábado, 25 de julho de 2009

Teu desabafo

Não, não são todos que podem de ti cuidar,
Mas esse ritual de todas as noites tuas
Em que me confessastes por vezes observar
A beleza encantadora real e ideal da Lua,

É o sorriso manifesto e a lágrima no olhar,
Do andar descalço pelo deserto das ruas.
Que no palco, iluminado, põe-se a brilhar
Ora coberta de frio, ora despida e a'alma nua.

Podes supôr que ela está longe, dizer que está,
Que de qualquer maneira a Lua, ela está lá
E quer queira eu ou você, princesa minha,

Há que surgir diante de ti, amor, o caminho
Que vai te levar para o recôndito do espaço
Intrínseco em ti, sideral... Teus desabafo!...

André Ricardo Marques de Souza

domingo, 19 de julho de 2009

Eu espero

Os minutos que se passam
Por vezes são horas ou dias...

Tempos que pelos dedos escapam
Tal qual é a eternidade fria
Que pouco se sabe dela.

Mas, de fato, o que seria
Este tempo que não se acaba.
Este tempo que tanto me vela
Que por dias a fio me indaga

Sobre o meu amor?...

A ausência tua me é a dor
Que eu não esperava vir a ser.
E então, eu me ponho a escrever...

Cada letra que venha a traduzir
Essa falta de você e o ir e vir.

E então o tempo é mais nada.
Estás do meu lado querida.
Mas o pranto me não acaba...

Pois apesar de te sentir,
Eu, cá em a minha morada,
penso beijar-lhe, quiça, no devir,

Levar-lhe uma flor!...

André Ricardo Marques de Souza

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Foi um prazer

Foi um prazer;
Um prazer conhecer você.

Você que me trouxe a alegria
De por alguns que fossem os dias
Sorrir um pouco mais.

Foi um prazer,
Mas, já me não é mais? Não!

E tudo se transforma querida!
E um sorriso de repente vira lágrima.
E voltar a sorrir talvez seja página virada.

Mas sentimentos como a saudade,
A esperança e a essa felicidade contida
Podem-me ser você - entendes? -
Você que passou em a minha vida.

Foi um prazer,
Saber, que você existe.

Que quando eu me entender triste,
Vou me pôr a olhar para estes versos
E ver o quanto é grande o Universo,

E que você está lá, em algum lugar,
Sendo feliz porque você merece ser,
Mesmo que sem mim.

Porque tem tanta gente a te amar,
Tanta gente que não há de te esquecer,
Como eu, enfim...

Mais uma vez
Eu digo para você
Que, de fato, foi um prazer!...

André Ricardo Marques de Souza

domingo, 12 de julho de 2009

A conhecer?

I

Somente sabe que eu sou quem me conhece.
Mas ponho-me a pensar se há quem o faça
Com o primor e a dedicação que isto merece
Para descobrir adiante ser não mais que farsa.

Não que se possa dizer que a intenção esquece
Ou não percebe ser posível, implacável caça,
Essa, que coexiste conosco. Mal nos apetece
Entender-mo-nos e, ora, que dira outra raça!

Façamos distinção e por que não?... Nada é igual,
Somos todos diferentes mesmo sendo a moral
Contingente no espaço e tempo de um contexto

Que não determina nada. Eis-me frente ao texto
Que faz-me querer relativisar o mundo que vivo
Dandodo-lhe novos horizontes, novos sentidos!

II

Digo que para conhecer a si mesmo não há como
Dada a alienação presente no seio do ser humano,
Que pensa por instantes de si mesmo ser dono
E que por vezes não entende-se um ledo engano.

Outros?... Se não se mora nem mesmo em sono,
Como despertar para o seja inevitável, o dano
De se enganar sem se querer nesse nosso abono?...
Tentar responder por tudo aqulo que nos é insano.

Se por ventura eu me encontrar por aí, perdido,
Não tentes me encontrar. Deixa-me esquecido
Mas não deixe de pelo menos tentar-me lembrar

De que cada gesto de querer, de súbito, encontrar
Algo ou alguém que me dê a devida importância.
Às vezes só nos resta é gritar em última instância!

André Ricardo Marques de Souza

sábado, 11 de julho de 2009

Eu tentei

Eu tentei, criei espectativas sobre você.
Imaginei que fosse possível o impossível
E por mais que tudo parecesse incrível
Não sei o quê, ora, pôs-se tudo a perder.

Mas penso que nada o é sem um porquê,
Nada que se passe pela gente, insensível.
E se é que se pode dizer algo, o dizível
Sobre o amor, diria eu, basta compreender.

Espero que eu não me culpe por tentar
E tentar mais uma vez e acabar por errar.
A vida é assim mesmo. Início, meio e fim.

Por mais que se goste de alguém especial,
Esse alguém que me não faz algum mal
Acaba por vir a ficar a deriva e ou sem mim!

André Ricardo Marques de Souza

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Venceste

Vê?... Como tu és muito especial?
Ainda que penses por ventura que não!
No passado, penso que seria seria em vão

Essas letras... Não sabia quem és!
Sobre essa essênsia de menina, mulher!

Sendo a essência tua e como, feminina.
Ainda assim eu sabia, como é bom
Adentro de mim saber-te heroína

Lembrando-me das palavras, cada tom
Meio tímido que me fizera melhor
Em meio àqueles que sabiam ser o pior.
I'nda que não soubessem o que Ser...

Diante da saudade, a ver a realidade,
As controvérsias da vida... Venceste querida!

André Ricardo Marques de Souza

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Você é especial

Pela primeira vez, eis,
Ao olhar tímido, o pranto.
Tanto e puro... Talvez,
Riso, sorriso contido, o encanto!

I'nda que sendo assim,
Conquanto, tu és, para mim,
Ideologia, que se não fosse tanto

Ahh ! Eu de fato não sei...

Minha querida, eu, enfim,
Indo de encontro à entender
Gente como tu, serei a paixão...

Um discípulo... Aprendiz...
Em que pese minha, a emoção.

Logo, eu sei, o coração nos diz !

André Ricardo Marques de Souza

terça-feira, 7 de julho de 2009

Amiga minha

Minha nova amiga, como eu te amo!
Essa tua ausência... Quanta saudade!
E eu que não sabia bem e de verdade
O cerne do entender-se em o engano,

De não lembrar que eu, sou humano;
Porque sempre viva em intensidade
Tu fostes minha verdadeira amizade,
Que não encontrei aos pares levianos

No decurso da vida... Meu carinho terno,
A brisa de verão e o abraço de inverno.
Eu, sou-lhe grato por cada palavra dita,

Pelo silêncio... Minha querida reflitas
Que não há quê por ventura se entenda
Melhor que tu, amiga minha. Lembra?

André Ricardo Marques de Souza

Um poema para você

Não pense que vais fugir deste
Que vos fala e que não é importante
Para muitos, mas sabe que é neste
Poema que vai fazer-te a amante,

Amada, não por eles; e no instante
Em que olhares ao derredor, é este
Singelo texto que farás que durante
As reflexões suas, um alguém fez-te

A mais importante de as garotas
E creia-me que não haverão outras
Que sejam tão especiais como você,

Basta olhares para si mesma e ver...
Muito obrigado por seres alegria
E por me fazeres mais feliz a cada dia!

André Ricardo Marques de Souza

sábado, 4 de julho de 2009

Promessa cumprida

Confesso-te me surpreender contigo.
Surgiste em minha vida tão de repente
E em face de tua alegria, mormente,
Pela presença de teu espírito, te digo:

Componho-te, por hora, amada amiga,
Na companhia de tanta e quanta gente.
Não sabem quem tu és, são somente
Pessoas comuns, tantas que há na vida!

Com efeito, eu sinto muito a falta tua.
De todos que cá estão, me interessa a Lua,
Que lembra-te, em esta noite, mais bela,

N'uma constante crescente que vela
Meus sonhos, e como estou a te compôr,
Sorria querida. Promessa cumprida, amor!

André Ricardo Marques de Souza

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Em busca de paz

Perdoe-me tu pela minha intolerância;
Pela falta de maturidade e paciência
Que me não julga pela a aparência,
Sim, passível enquanto a ignorância

Quando ao refletir sobre a distância
Ponho-me a questionar as evidências
Do ideal meu e de toda uma carência
Dado os desafetos desde a infância...

É como não digerir a minha realidade
Na ânsia de que somente a liberdade
Há que me trazer um pouco dessa paz,

Que tanto se fala e, acontece, faz
Com que as coisas sejam diferentes.
Perdoe-me se eu andei por aí ausente.

André Ricardo Marques de Souza