segunda-feira, 29 de junho de 2009

O beijo

Como é bonita essa nossa história;
Lembrar do sabor do nosso beijo.
O desejo se me não falha a memória
De estarmos juntos no tempo mesmo,

Como quando jovens em dedicatória
Se prometem em o que assim seja
Puro e seguros de suas retóricas
Enquanto apaixonados tal o cortejo.

O que se sente nos lábios e coração
Não há palavras que digam... Não!
É mais que paixão súbita, sonhado,

Ora, beijar-te fôra perder o medo,
Desvendar nossos íntimos segredos,
E saber-te para sempre ao meu lado...

André Ricardo Marques de Souza e Vanessa Almeida

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tempo para amar

Penso em se tenho tempo para amar
E se esse tempo é mesmo tempo real,
Real de ser amor, o meu amor leal,
Onde se cabe existir e ser o que há,

Sem ter que parar para perguntar
O porquê desse amor tão e ideal
Que vive mesmo não sendo tal qual
Eu esperava. Sim, eu preciso pensar,

Pensar que é distante mas constante;
Que me resta de a amada a amante,
Que suas palavras, todas em silêncio,

Coexistem no seio de sua ambivalência.
De serem o que me não demonstram ser...
Serem amor de verdade, amor pra valer.

André Ricardo Marques de Souza

Cumplicidade

Você talvez não sabes a tua importância,
Nessa, lembrança agora e tão insegura,
Que não cessa as suas buscas, e procura
Por tudo que é é terno em minha infância.

É quando percebo-te em alguma instância
Desse querer meu de trasmudar o futuro
Sentimento que outrora fôra porto seguro
E que hoje o é, em parte, a distância

Que separa caminhos a serem seguidos,
Dos quais se devem ser relembrados
E, por conseguinte, serem escolhidos...

Com bastante cautela para serem vividos
Novamente pelo que representaram ser...
Espero que saibas que em mim, existe você!

André Ricardo Marques de Souza

terça-feira, 23 de junho de 2009

Meu primeiro amor

Você foi e é o meu primeiro amor, querida;
Que de súbito e com carinho me veio à mente.
A lembrança que tanto se quer e se sente,
E Que não, não se pode entender esquecida.

Pensamento que se faz essencial que se diga
Porque vez que não existe, e tão e somente,
Como em sendo a valoração enquanto semente
De um querer, tão pudico, de toda uma vida...

Se planta, sem querer se plantar, e se basta,
E no decurso da existência não mais afasta.
É o instante qualquer que seja em a essência

Minha que por hora te compõe; a tendência
Manefesta nas linhas e entrelinhas do amor
Inocente, e sim eu te amo sejá lá como for...

André Ricardo Marques de Souza

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pensamento

Distinta essa idéia e sem emoção.
Sem ideologia, e somente o que é,
A fome e a sede do braço da razão
De ser pensamento. Algum qualquer.

Sonho esse que se dá por ladrão
E quiça pense, e que o convier
Entendendo-me outro, ora, que não
Eu que sonhar, não, nem mais quer.

Que sejas por hora um devaneio
Vazio de sentido, mas que eu creio
Porque sou exatamente o que sou,

Corpo e mente, somente um ator,
Que seja lá qual dessas peças for
Representa o papel, o qual pensou.

André Ricardo Marques de Souza

Romantismo

Que culpa tenho de nascer e ser romântico;
De entender as mulheres enquanto femininas
E a essência mesma de uma rosa que de tão delicada
E frágil é a própria sensibilidade de suas pétalas....

Que culpa tenho eu se teus cravos, os da rosa,
Da mulher de verso e prosa, as defendem e,
Que elas, mulheres nem sequer se entendem
Altas, divas...

As mulheres, as que estão vivas,
São minha maior paixão....
Está nos olhos delas delas, na face emoldurada,
Na resposta pronta e bradada aos ouvidos tímidos
Dos amantes que por vezes as cercam
Sem saber dizer nada, a não ser silenciar
E vislumbrar em si todo o amor que se há...

Para estas, guarda a Filosofia, profundo mistério,
Tanto e quanto seja sério para se estudar e estudar
E aprender que não há que se parar de estudá-las...
As mulheres são a sabedoria que feminina,
Sophia, espera ser desvendada...

André Ricardo Marques de Souza

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A parafrase do ego

Por que não posso ser criteriosamente eu?
Que sinceridade seria mais sincera senão a de mim para comigo mesmo?
Que liberdade maior de poder expressar-me e ao que é meu?
As minhas palavras são as entrelinhas de um épico a esmo
E de fato o esteriótipo da estética sócio-cultural me pertence...

O que é normal?... A força minha que desmistifica e vence
A dialética da incerteza... Do talvez isso e ou talvez aquilo.
O meu caminho é sempre em frente, por vezes mais que tranquilo.
E minha imagem tal qual a de Édipo, é, e como, a minha imagem,
Tal qual em mim reside toda a constância de uma coragem

Da convenção do ego, das personas... Não, eu não ei de ouvi-lo !
Pois que minha vida é bastante e única para lamentos
E toda a inconstância súbita que houver serão breves momentos,
Mantendo-me, eu, em riste, tal e qual quando se assiste
A evolução desta, a minha vida, sempre adiante,
Carregando no "semblante" o suor de cada instante...

Eu sou o que sou, nem melhor, nem pior... Apenas, sou Eu !!

André Ricardo Marques de Souza