domingo, 25 de setembro de 2011

Lembrar e esquecer

Que aquela saudade de você
Não repouse apenas em mim,
As mãos a te compor e'escrever
Na cartilha dos amantes e afins.

Que sejas o lembrar e o esquecer,
Da recordação, a nossa e, enfim,
Que se esquece e torna a querer
Lembrar, saudosa, e com único fim.

Se lembrada cada vez mais sentida
e de pronto lembrada se esquecida.
Simples assim e assim são os amantes,

São feitos eu e você e tanta outra gente
Que figura nos palcos da vida, antes
Fossem todos os amores assim, sempre...

André Ricardo Marques de Souza

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A lua e o entardecer

Hoje lembrei de você
Pela manhã, logo bem cedo.
Resolvi então à ti escrever
Em breve soneto, e o enredo

Seria a lua e o entardecer
Onde a noite me não dá medo
Como outrora só, a padecer
Doente do engano ledo

E perdido sem amar e ser amado
vencido, derrotado, mas não...
Eis que surge você do meu lado

E a história é outra agora então
E sou um novo homem, mulher,
Que a cada dia mais lhe quer!

André Ricardo Marques de Souza

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Se me devolve o sono
não mais as noites em claro
mas o recôndito do sonho
onde o coração não raro
põe-se a pulsar...

Eu de súbito encaro
a noite com o regozijar
d'um jovem com o faro
de um poético luar
e

Eu resisti

Eu resisti.
Cada golpe desferido
do cinismo desmedido
do algoz carrasco meu...
Eu resisti.
Não fosse eu
quem eu sou'e humilde
nas garras da garganta biltre,
mas não...
Eu resisti.
E agora, passado morto, futuro inexistente,
não, não sou eu o meu presente,
mas o devir resistente
de um herói sobrevivente
de uma guerra que por fim terminou...

André Ricardo Marques de Souza

Renascer

Cresci querendo ser gente grande.
Como adulto, supliquei ser pequenino,
O moleque, menino...
e a partir deste infante
governar o meu mundo ideal
que longe de tudo aquilo que é de real
faz-me - e como! - feliz
e infeliz daquele que me provar o contrário.
Este, não sabe sonhar.
Tem medo de si.
Não sabe se observar e perceber que viver
nem sempre é nascer, crescer,
envelhecer e morrer,
quiça morrer para si e renascer.

André Ricardo Marques de Souza