" Em memória de vovó,
Helena Marques de Souza.
Te amo! Saudades... "
I
Desde o princípio
Em que tua mão
Fez-te o colo, vício,
Como que aos suplícios
De meu coração,
Tu, sabia já que era eu.
E ao catre de chara
( o berço de Deus ),
Rendeste-me aos teus.
Vertendo-me a cara.
Mãe: Uma duas, três...
Que de lá, do firmamento,
Muito mais que tanta vez,
O imo teu, cortês
[ e quanto! ] ... encantamento,
Guiou-me aos vértices
E átomos, de ventos quatro,
E patas e hélices...
Mãe, como querem-te!
Os vãos e os astros.
II
Nasci. Ao meio do leito,
E à nossa morada;
Notando-me o preito
Que ao cimo-perfeito
Dispomos... a escada!
Tudo me era lembrado.
Em tempo, contudo,
Esquecido, recordado...
Mas sempre a meu lado
Eras tu, mãe, meu escudo.
Os laços da família,
O abraço, e o cetim,
O solo da trilha,
Dos céus a bastilha,
Redor, querubim.
Passado à presente.
E fomos vivendo...
E à toda essa gente,
Plantando as sementes,
E deles colhendo.
III
Morreste. E triste,
Sou trapos e ansiedade,
Mas sei que ainda existe,
E que d'algum lugar assiste
Os meus ecos de saudade.
E retendo o pranto,
Me envocando à vida,
Sou-lhe o canto
Desta tinta (e santa!):
Poesia... infinita.
Mãe que ouças
O meu séquito voraz
De compor-te cá "na louça",
Essa tua alma moça
Que partiu-se tão fugaz.
Mas é certo, sou-lhe grato,
E rever-te, sei que vou.
Julgue à todos o boato
Que esse peito meu, de fato,
Vai à ti com muito amor.
André Ricardo Marques de Souza
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
UBE
À União Brasileira de Escritores
Une tu: ube bene, ibi patria
Neo - ocurso, o verso despontante,
I'nda épico, [olhai! O norte infante!]
à do ão distante - poema átrio.
Onde serás, feito esras de antes?
Bradante brasil!, " brasileiro ":
Réu que és, puro inverdadeiro.
Amai! Sim!...: Amicuns perdere!?
Sê paixão, bem igual a de eles.
Isto que' é posto, e chama nossa...
Lê! De ao vértice, à culta!... A grossa...
Eis que chamarás poesia.
Ide, pois e já: idem per idem.
Rito, este, que se opõe à lide;
A vida - e sempre! - a hipocrisia!
Doa: -- De ore tuo te judico:
E, mesmo, haja palavras tuas!...
Então sem per as vestes duas,
Sendo, agora livre, a alma às ruas,
Cá, em o ventre, - a mãe gentil
Rias tu, a gosto este, que é Brasil,
Inerente a mui e mil conceitos,
Tendo em a terra a fronte e peito,
Onde - É certo! - e, mas não contudo,
Ruma até, -- e forte! - sobre o mundo!
Escrevendo, mas, frente a rastros...
Somos estes... - mais que o aço!...
André Ricardo Marques de Souza
Une tu: ube bene, ibi patria
Neo - ocurso, o verso despontante,
I'nda épico, [olhai! O norte infante!]
à do ão distante - poema átrio.
Onde serás, feito esras de antes?
Bradante brasil!, " brasileiro ":
Réu que és, puro inverdadeiro.
Amai! Sim!...: Amicuns perdere!?
Sê paixão, bem igual a de eles.
Isto que' é posto, e chama nossa...
Lê! De ao vértice, à culta!... A grossa...
Eis que chamarás poesia.
Ide, pois e já: idem per idem.
Rito, este, que se opõe à lide;
A vida - e sempre! - a hipocrisia!
Doa: -- De ore tuo te judico:
E, mesmo, haja palavras tuas!...
Então sem per as vestes duas,
Sendo, agora livre, a alma às ruas,
Cá, em o ventre, - a mãe gentil
Rias tu, a gosto este, que é Brasil,
Inerente a mui e mil conceitos,
Tendo em a terra a fronte e peito,
Onde - É certo! - e, mas não contudo,
Ruma até, -- e forte! - sobre o mundo!
Escrevendo, mas, frente a rastros...
Somos estes... - mais que o aço!...
André Ricardo Marques de Souza
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Eu estarei por aqui...
Até o Sol se pôr
Eu estarei por aqui...
Mais um dia desperto
Que quem sabe de certo
Porei-me a sorrir,
Porque sonhei assim
E acreditei em mim
Certo de que amanhã
Essa febre terçã
Que me acompanha
Vai partir sem retorno
Sem pacto ou suborno,
Sem vínculo qualquer...
E se por ventura vier
Cheia de vaidade e adornos
Eu estarei por aqui...
Para dizer que não
E que basta de solidão.
Que se encerre a chuva
Pois que sem visão turva
Há em mim um coração
Que ainda idealiza
O Sol e a brisa
E descansa ao relento
Sentindo a pele, o vento,
De esperança sincera
No teor da quimera
Que eu tive no presente.
Eu estarei por aqui...
De hoje em diante,
Para sempre.
André Ricardo Marques de Souza
Eu estarei por aqui...
Mais um dia desperto
Que quem sabe de certo
Porei-me a sorrir,
Porque sonhei assim
E acreditei em mim
Certo de que amanhã
Essa febre terçã
Que me acompanha
Vai partir sem retorno
Sem pacto ou suborno,
Sem vínculo qualquer...
E se por ventura vier
Cheia de vaidade e adornos
Eu estarei por aqui...
Para dizer que não
E que basta de solidão.
Que se encerre a chuva
Pois que sem visão turva
Há em mim um coração
Que ainda idealiza
O Sol e a brisa
E descansa ao relento
Sentindo a pele, o vento,
De esperança sincera
No teor da quimera
Que eu tive no presente.
Eu estarei por aqui...
De hoje em diante,
Para sempre.
André Ricardo Marques de Souza
Arrependimento
O que tens para me contar
Do dia-a-dia da tua vida?
Que hoje em contrapartida
É o meu ideal de sonhar...
Às vezes é difícil explicar
Determinadas coisas querida,
Tu, que sempre me dera guarida,
E ponho-em então a chorar
Pelos dias em que súbito esqueci
Que estavas bem ao meu lado, ali,
Esperando um reconhecimento
E eu, fracassei naquele momento,
Como se eu só quisesse saber
De parte disso tudo que é você!
André Ricardo Marques de Souza
Do dia-a-dia da tua vida?
Que hoje em contrapartida
É o meu ideal de sonhar...
Às vezes é difícil explicar
Determinadas coisas querida,
Tu, que sempre me dera guarida,
E ponho-em então a chorar
Pelos dias em que súbito esqueci
Que estavas bem ao meu lado, ali,
Esperando um reconhecimento
E eu, fracassei naquele momento,
Como se eu só quisesse saber
De parte disso tudo que é você!
André Ricardo Marques de Souza
domingo, 4 de dezembro de 2011
O que eu sinto
Eu me importo com você.
A cada dia que se passa,
A cada noite, amanhecer,
Em cada canto, cada espaço...
E os olhos que há de ver
O corpo, o teu, abraçam
E a mente, espírito... Querer
Que simula e que disfarça
De vergonha, por não ter
Hoje e agora teu coração.
Embora por hora recordação,
É pouco... Quero entender,
Ora, seja lá como for,
Se é paixão ou se é amor.
André Ricardo Marques de Souza
A cada dia que se passa,
A cada noite, amanhecer,
Em cada canto, cada espaço...
E os olhos que há de ver
O corpo, o teu, abraçam
E a mente, espírito... Querer
Que simula e que disfarça
De vergonha, por não ter
Hoje e agora teu coração.
Embora por hora recordação,
É pouco... Quero entender,
Ora, seja lá como for,
Se é paixão ou se é amor.
André Ricardo Marques de Souza
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